Amigos da Boa Música ....
Nosso encontro semanal de hoje é especial.... vejam se concordam comigo:
A propaganda nos ensinou que o primeiro “sutien” (sutiã? sutian?... nossa como uma coisa dessas pode ser tão estranha de escrever!!??) a gente nunca esquece!!
Isso vale tanto para o lado feminino quanto o masculino, ou alguém duvida disso?!?!
Bem... a primeira overdose também a gente não esquece!!! Isso mesmo... overdose de rock n roll!!
Minha primeira overdose de Rock eu não sei confessar quando ocorreu... mas sei precisar que foi um final de semana na frente da televisão assistindo as fitas do festival de música de Woodstock em VHS!!!!
Nossssssssssssssssssssssssssss
Delirio total..
Quatro malucos, em 1969 e em um motel (a data e o local combinam.... rs...) se reunindo para falar e planejar um festival de musica???
Tinha que ser uma loucura total... E FOI!!!
Há 40 anos.... (assoprem as velinhas do bolo!!! É uma data especial!!!)
Aos que conhecem , vão gostar de relembrar...
Os novatos podem gostar de saber.. afinal.. o que de tão especial rolou nessa loucura de rock, paz & amor e muiiiiiiiiita lama!!! (isso me lembra o Rock in Rio I, na Barra.. chuva e lama. Confesso: dormi sim na lama e também tomei banho no chafariz para limpar a lama... o casaco que serviu de travesseiro ficou perdido no mar de lama... dancei, pulei, gritei e joguei muita lama nos amigos.... se isso foi uma loucura de uma noite...assistindo uns 8 shows.. imagina como foi o Sr Woodstock com vários shows...)
Fiz uma coletânea de informações sobre a “Woodstockmania”, que se segue:
Nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969, uma fazenda em Bethel, ao norte do Estado de Nova York, nos EUA, ocorreu um dos maiores festivais da história da música mundial, o Woodstock. (eu acho que foi o maior!!!)
O evento foi organizado por quatro jovens produtores, Michael Lang, John Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld, que ao longo de dez meses se esforçaram para tornar este festival num dos momentos mais inesquecíveis no mundo da música e da arte.
Ao se depararem com a quantidade de jovens se dirigindo a fazenda, o festival se tornou "um concerto livre"..... atraindo centenas de milhares de pessoas a mais do que as 200.000 que os organizadores esperavam, com o ingresso a 18 dólares.
Foram 32 atrações musicais assistidas por um público de mais de 500 mil pessoas.
Galera... presta atenção!!! SÃO 56 CENTAVOS POR APRESENTAÇÃO!!!
Incluindo gente de peso e que estavam já fazendo sucesso!!!
Muiiiiiiiiiiiiiito barato!!!
Apresentações históricas de gente como Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who e Joe Cocker, ajudaram a fazer do Woodstock um marco do movimento hippie, promovendo a paz e o amor.
Muitos desses artistas já morreram ou não estão mais na ativa, mas alguns deles foram catapultados para o sucesso, seguindo suas carreiras até os dias de hoje.
Vejam agora 10 artistas que se consagraram durante o festival e o que aconteceu com cada um deles após entrarem para a história durante os três dias de celebração. Confira:
Joan Baez: se apresentou no primeiro dia de Woodstock, grávida de seis meses. No ano em que o festival aconteceu, a cantora, que depois viraria símbolo do movimento hippie, tinha lançado um álbum com canções de Bob Dylan, “Any Dau Now”. Após o festival, Joan Baez continuou sua luta contra a Guerra do Vietnã, com o álbum “Come From The Shadrows” (1972). Baez continuou fazendo shows e lançou discos durante as décadas de 80 e 90, mas sem alcançar o grande êxito dos tempos de Woodstock. Em 2008, Joan Baez celebrou 50 anos de carreira com uma turnê por EUA e Europa. Seu último álbum, “Day After Tomorrow”, foi lançado em 2008.
Creedence Clearwater Revival: se apresentou no segundo dia de Woodstock. O grupo californiano liderado por John Fogerty fez um show composto com hits como “Bad Moon Rising”, “Proud Mary” e “Susie Q”. O grupo se separou em 1972 e John Fogerty iniciou uma bem-sucedida carreira solo. Seu irmão, Tom Fogerty, faleceu em setembro de 1990, enquanto os outros integrantes, Stu Cook (baixo) e Doug Clifford
(bateria), formaram o Creedence Clearwater Revisited, tocando antigos clássicos do grupo em turnês ao redor do mundo. John Fogerty foi eleito o 40º maior guitarrista de todos os tempos pela revista “Rolling Stone”, em 2003. (isso vcs já sabiam!! O ABM já tinha informado!! CaHe também é cultura!!!!)
The Who - Os ingleses do The Who se apresentaram no segundo dia de Woodstock com um set de 25 músicas, como os clássicos “My Generation” e o álbum “Tommy” inteiro, na ordem original. Em setembro de 1978, o grupo perdeu parte de sua força com a morte do baterista Keith Moon.
Em 1989, o The Who promoveu uma turnê de reunião para comemorar os 25 anos da banda e 20 do álbum “Tommy”. Em 2002, tiveram uma nova baixa com a morte por overdose de John Entwistle (baixo). O último disco de inéditas do grupo, “Endless Wire”, foi lançado em outubro de 2006.
Sly and The Family Stone - Representantes da black music, o Sly and The Family Stone tocou no segundo dia de Woodstock e colocou as milhares de pessoas presentes para dançar ao som de hits tirados do álbum “Stand!” (1969), como “Everyday people”, “Dance to the music” e “I want to take you higher”. O grupo liderado por Sylvester “Sly Stone” Stewart se manteve na ativa de 1967 a 1975
Santana - Quando se apresentou no segundo dia de Woodstock, Carlos Santana estava no começo de carreira. Após o sucesso de sua apresentação no festival, Santana se consagrou, tornando-se um dos maiores guitarristas do mundo. Em 1970, lançou “Abraxas”, um dos principais álbuns da história do rock (RECOMENDOOOOOO!!!).
Santana gravou diversos álbuns nas décadas de 70 e 90. Em 2000, o guitarrista ganhou nove prêmios Grammy pelo disco “Supernatural”, de 1999. O álbum foi um dos maiores sucessos comerciais de Santana e contava com participações de Rob Thomas, Eric Clapton e Lauryn Hill. Seu último disco é “All That I Am”, de 2005.
Janis Joplin - foi um dos maiores nomes do Woodstock. A cantora se apresentou no segundo dia de festival acompanhada de sua banda, a Kozmic blues Band. Pouco depois de gravar o álbum “Pearl”, que seria lançado somente em 1971, Janis morreu aos 27 anos vítima de uma overdose, em outubro de 1970. (A apresentação dela é incrível... que potencia de voz.. que gritos... )
Jimi Hendrix - Ao lado de Janis Joplin, Jimi Hendrix pode ser considerado outro símbolo do festival Woodstock. O guitarrista tocou no terceiro dia de festival e levou o público ao delírio com clássicos como “Purple Haze”, “Foxy Lady” e “Voodoo Child”. Assim como Janis, Hendrix morreu de overdose aos 27 anos, em setembro de 1970.
Bombástica a apresentação dele... inspiradisssssssimo... uma aula de guitarra... no meio do show.. ele fala que a musica é para uma mulher.. aponta para a platéia e diz: “Baby, essa é para você.. eu não me esqueci de ontem a noite!” e manda Fox lady... Bem que tentaram filmar a mulher.. mas não conseguiram!!! E todos ficam curiosos em saber quem era a mesma...
Joe Cocker - abriu os shows do terceiro dia de Woodstock em uma das performances mais viscerais de sua carreira e do festival. Seu show teve como base as canções do disco “With a little help from my friends”. Além da música dos Beatles, Cocker tocou clássicos como “Just like a Woman” e “I shall be released”, de Bob Dylan. Cocker está
na ativa até hoje, mas na década de 70 teve problemas com drogas e álcool. Em 2007, Cocker participou do longa-metragem musical “Across the Universe”. Seu último disco de estúdio, “Hymm for My Soul”, foi lançado em 2007 e traz canções de Stevie Wonder, George Harrison, Bob Dylan e John Fogerty.
Crosby, Stills, Nash & Young - Formado por David Crosby, Graham Nash, Stephen Stills e Neil Young, o Crosby, Stills, Nash & Young estava recém formado quando se consagrou no último dia de shows no festival Woodstock. Em 1970, Neil Young deixou o grupo para ingressar numa bem-sucedida carreira solo que perdura até hoje. O grupo voltou a se reunir com a formação original para seu aniversário de 25 anos, em 1994, que contou com o lançamento do disco “After the Storm”. Em seguida, eles excursionaram novamente para promover o álbum “Looking Forward”.
The Band - Formado por Rick Danko (baixo e vocal), Levon Helm (bateria e vocal), Garth Hudson (teclado), Richard Manuel (piano e vocal) e Robbie Robertson (guitarra e vocal), a The Band se apresentou no terceiro dia de Woodstock. Antes de virarem um grupo, os integrantes faziam papel da banda de apoio de Bob Dylan. No ano em que se
apresentaram no festival haviam lançado seu segundo álbum, “The Band”. O grupo encerrou suas atividades em novembro de 1976 com um show intitulado “The Last Waltz”, com participação de gente como Neil Young, Eric Clapton, Ringo Starr e Bob Dylan. O último show do grupo virou um documentário dirigido por Martin Scorcese e disco triplo. O grupo chegou a se reunir sem o guitarrista Robbie Robertson em 1983,
mas sem muito sucesso.
Ao longo do festival contabilizaram-se duas mortes. Uma morreu por overdose e outra perdeu a vida depois de ser atropelada por um trator, enquanto dormia.
Três dias de loucuras, mulheres e homens nadando pelados no lago, muita loucura rolando, muita musica... e somente duas mortes?? Nenhuma briga... nenhum tumulto... PAZ E AMOR... naquele tempo não haviam “pittboys”...
O evento foi processado para o cinema por Michael Wadleigh, que fez uma magnífica edição de imagens e introduziu uma novidade: a bi ou tripartição da tela, oferecendo ao espectador tomadas simultâneas do mesmo grupo, de artistas isoladamente, do público, etc. (que inovação!!!! Mas sabem que até hoje, quem vê o filme acha bacana????)
No filme, NEM TUDO FOI MOSTRADO, sendo que muitos artistas deixaram de ter um número exibido no filme e no álbum triplo. Ficaram de fora Melanie, Mountain e Butterfield Blues Band, com o consolo de aparecerem no segundo álbum Woodstock, duplo, que foi lançado algum tempo depois. O Jefferson Airplane não está no filme, mas sua “Volunteers” consta do álbum triplo e teve mais canções aproveitadas no álbum duplo.
A relação dos que lá estiveram mas ficaram de fora tanto do filme quanto dos álbuns é extensa: Janis Joplin, Grateful Dead, The Band, Blood Sweat & Tears, Creedence Clearwater Revival, Incredible String Band, Johnny Winter e Ravi Shankar.
Motivo: problemas contratuais.
Os cachês mais altos foram os de Jimi Hendrix (US$ 18 mil), Blood Sweat & Tears (US$ 15 mil), Joan Baez e Creedence Clearwater Revival (US$ 10 mil cada). Santana exibiu sua empolgante fusão de rock e sonoridades latinas, “Soul Sacrifice”, pela bagatela de 750 dólares (Será que com esse valor ele tocaria hoje em algum lugar???).
O trovador John Sebastian tirou a sorte grande: não foi convidado, mas apareceu para dar uma olhada e acabou subindo ao palco quando a chuva recém-finda impedia a apresentação de bandas eletrificadas. Ganhou direito a constar do filme e do disco, além de receber mil dólares.
O Crosby, Stills, Nash & Young, que acabava de ser constituído, cativou a platéia com seu folk-rock contestador e obteve êxito instantâneo, lançando as bases da longa carreira de seus integrantes (pouco tempo como quarteto e muito mais como artistas-solo).
No extremo oposto, o Ten Years After foi a principal vítima da síndrome de Woodstock: nunca igualou os 11 esfuziantes minutos de “Goin’ Home”, que valeram para Alvin Lee a reputação de grande guitarrista, MAS A BANDA TEM MUITA COISA BOA!!! Garantia de bom rock...
Outra curiosidade: foi marcante a aparição de Arlo Guthrie (“Comin’ Into Los Angeles”), cuja trajetória acabaria sendo eclipsada pela de Bob Dylan. Os estilos vocais e temáticos eram semelhantes, tendo Dylan sido mais eficiente em afirmar-se como herdeiro da arte e da lenda de Woody Guthrie, o precursor dos mochileiros. Correndo na mesma faixa, ele sobrepujou o próprio filho de Woody.
A galera do Led Zep foi chamada, mas disseram que não iam ser uma banda no meio de tantas e recusaram o convite.... pena, pois seria mais um capitulo brilhante na historia da banda!!
Em homenagem ao Velho e Bom Woodstock, nossa pílula musical de hoje é do TEN YEARS AFTER...
Banda britânica de rock, formada em 1967 e que possui álbuns lançados até o presente, pois em 2008 lançaram o CD “Evoluiton”...
O trabalho do grupo ganhava reconhecimento, principalmente o do guitarrista Alvin Lee, que se destacava no instrumento. Em 1969, eles participaram do festival Woodstock, onde tocaram uma versão de noveminutos de “I’m Going Home”. Naquele ano, eles lançaram, ainda, dois álbuns, “Stonedhenge” e “Ssssh”, que chegou ao Top 20 nos Estados Unidos. O grupo ainda participou do Newport Jazz Festival, ao lado de Nina Simone e Miles Davis.
Dentre várias musicas deles que eu curto, escolhi uma que se casa perfeitamente com o espírito do festival de Woodstock: “I'd Love to Change the World”
Espero que curtam o som e bebam um vinhos especial!!!
Bom resto de semana, paz & amor, como há 40 anos atrás, sem brigas e
confusões...
confusões...
CaHe Fonseca
Até breve.O quarteto tocava blues, jazz e rock ‘n’ roll, uma mistura que dava espaço aos solos lendários de Alvin Lee e sua guitarra.
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